Criança Não Namora, Nem de Brincadeira

Criança não namora, nem de brincadeira

Familiares que apresentam bebês como ótimos pretendentes para os filhos dos amigos, vídeos de crianças apaixonadas circulam pela internet encantando multidões.

O que fica na cabecinha de quem ouve ou protagoniza esse tipo de coisa?

Será que essa brincadeira aparentemente inocente não está jogando a infância em um terreno perigoso? 

A maneira como a sexualidade se apresenta na infância está inserida em todo o processo de desenvolvimento motor, psíquico, afetivo, cognitivo da criança. Continue a leitura desse artigo, e observe os perigos.

A Influência Do Modelo Familiar 

É preciso saber quando e como conversar sobre o amor e, especialmente, as relações amorosas com os pequenos e pequenas. Afinal, namorar é coisa de adulto! E embora as crianças também tenham amigos e amigas, é importante reforçar que amar e namorar são coisas diferentes.

Segundo a Psicologa Camila Miranda uma das questões que interferem no relacionamento precoce é a exposição às ‘realidades de adultos’ retratadas em músicas e programas televisivos. 

Infelizmente, o assunto “namoro” ainda costuma ser introduzido na vida das crianças em tom de brincadeira. Levando a criança pensar que é normal ter “namoradinho” ou “namoradinha” na escola, condomínio, etc. 

Entendendo os sentimentos.

Em certa faixa etária, é comum que as crianças experimentem o mundo e reproduzam papéis em suas brincadeiras: assim como elas brincam de astronauta, soldado, dentista, cozinheiro e princesa, pode ser que elas testem seus afetos para entender suas emoções. 

A menina pode brincar que ela e o colega são os pais de sua boneca; o menino pode fazer de conta, sendo o pai da família colocando uma gravata e indo ao escritório ou até mesmo consertando seu carro. 

Nesse caso, sim, a criança brinca de casar, de ter filhos, de trabalhar, sem conotação erótica, pois é algo natural, inocente e de aprendizado.

Às vezes, quando desenvolvem uma preferência, afeto e apreço por algum colega, tendem até a chamá-lo de namorado ou namorada, isso não significa que ele esteja apaixonado, que sinta ciúmes, que tenha desejos pelo corpo da menina. 

Eles estão em uma tentativa de entender e nomear as emoções, onde muitas das vezes reproduzem a fala de um adulto.

Evite que a sua criança seja vítima de namoro precoce.

  1. O primeiro ponto é: seja sempre um canal aberto e livre de julgamentos para os questionamentos de seus filhos. Também converse com eles quando pensarem que é o momento para falar sobre relacionamentos e namoros.
  1. Toda criança deve ter o comportamento adequado a sua idade, pular etapas da fase infantil é prejudicial ao desenvolvimento da criança e pode trazer sequelas na idade adulta. 
  1. Mesmo que a criança aceite ser o namoradinho de outra, converse com ela e diga que a idade de namorar ainda não chegou. Explique que só adultos namoram, casam e têm filhos. 
  1. Explique que ela não tem idade para namorar, que isso não é coisa de criança. Que quando ela tiver do tamanho do pai e da mãe, aí, sim, poderá ter namorado. 
  1. Evitar dar beijo na boca da criança, porque ela não sabe diferenciar e pode achar normal qualquer adulto beijá-la na boca.
  1. Manter sempre o diálogo aberto, tanto com o filho quanto com a escola para estar a par do que se passa no ambiente escolar e deixar claro como procede em casa.

Preparo emocional dos pais, diálogo, orientação e uma boa receptividade aos segredos e queixas dos jovens continuam sendo fatores fundamentais para o bom desenvolvimento da sexualidade infanto-juvenil. É isso mesmo: o primeiro amor espera a hora certa de chegar e os pais tem a difícil missão de colaborar para que ele seja, realmente, inesquecível.

Gostou do nosso conteúdo? Leia mais no nosso Blog 

Fale Conosco
Olá 👋
Agradecemos seu contato com nosso colégio.
Podemos ajudá-lo?