Erros na alfabetização de crianças autistas ocorrem com mais frequência do que deveriam. A educação dessas crianças é um desafio tanto para os pais quanto para os professores. Isso acontece, pois, um aluno autista experimenta desafios únicos relacionados ao processo de aprendizagem.
Por exemplo, a escrita é um grande desafio para crianças autistas. Isso porque é preciso ter coordenação, habilidades motoras, habilidades de linguagem ou outros. Porém, cada criança autista é única, dessa forma, é importante observar suas características individuais.
É necessário procurar ajuda de profissionais da educação e realizar uma avaliação psicopedagógica. Isso é fundamental na hora de alfabetizar adequadamente uma criança como TEA, ou Transtorno do Espectro Autista.
O que é o Transtorno do Espectro Autista
Antes de tudo, será preciso entender o que é o Transtorno do Espectro Autista. Popularmente, essa condição é conhecida como TEA, e tem relação com uma série de condições únicas e especiais para cada pessoa autista.
Em geral, elas trazem certas dificuldades para a interação social. Essas condições costumam ter características que comprometem o comportamento social. Além disso, a comunicação e a fala do autista podem ser afetadas.
Um outro ponto está relacionado com as atividades que a pessoa autista gosta de realizar. Normalmente elas envolvem repetições das mesmas tarefas. Assim, as preferências e interesses dessas pessoas estão sempre em evidência durante toda a vida.
Erros na alfabetização de crianças autistas
Crianças autistas nem sempre conseguem desenvolver habilidades de leitura e escrita ao mesmo tempo. Algumas dessas crianças conhecem as letras do alfabeto, porém, não conseguem entender o que está escrito. Em alguns casos, até mesmo compreendem as intenções dos personagens de uma história.
Existem alguns erros comuns quando se trata de alfabetizar uma criança com TEA. O mais comum é que você não deve trabalhar a alfabetização da criança antes de ela começar a falar.
Aprender o nome das letras é a habilidade mais importante de alfabetização que você pode ensinar para uma criança com TEA. A melhor maneira de ajudar a criança na alfabetização é sentando com ela e fazendo exercícios. As crianças com TEA devem se concentrar em livros de histórias.
Dificuldades na hora do aprendizado
Na maioria das vezes, as crianças autistas têm dificuldades de aprender de forma tradicional, isso porque seu cérebro não trabalha da mesma forma que das outras crianças. Sua mente trabalha de forma diferente, e precisa de apoio extra em algumas áreas. Elas são:
Compreensão – sentem dificuldade em compreender, organizar e planejar a linguagem. Em uma história infantil, pode ser um desafio entender o que está acontecendo.
Atenção – em determinados momentos, possuem dificuldade de manter o foco na história. Muitas vezes a criança autista não compreende a história geral.
Perspectiva – pessoas autistas não entendem como funciona o pensamento e sentimento dos outros. Dessa forma, não entendem a motivação de um personagem em um livro.
O que podemos fazer para ajudar?
Existem técnicas específicas para ajudar no processo de aprendizagem de uma criança autista, como a metodologia fônica. Nela, são ensinados os sons de cada letra até chegar na pronúncia da palavra. Isso permite com que a criança consiga ler. Esse método é um processo de alfabetização simples e eficiente.
Para conseguir escrever e ler, uma criança autista precisa conhecer uma grande quantidade de palavras, pois isso facilita a aprendizagem. Também é necessário compreender histórias e entender que as letras compõem palavras, e pessoas normais leem da esquerda para a direita.
Além disso, precisam compreender que palavras podem ser separadas em sílabas e sons menores, e que letras menores correspondem a determinados sons. Não é necessário esperar seu filho começar a ir à escola para começar as habilidades de alfabetização.
Dessa forma, inclua uma rotina de atividades que estimulem leitura e escrita, pois isso ajuda no processo de alfabetização. Com isso, os erros na alfabetização de crianças autistas costumam não ser mais problema.
No momento de escolher uma instituição de ensino, verifique se ela está preparada para dar o suporte de uma criança com TEA. Verifique também se os profissionais são capacitados e se o ambiente é seguro para que a criança consiga desenvolver suas habilidades, respeitando sua individualidade.