Ansiedade na educação infantil devido a pandemia

Atualmente, devido a pandemia causada pelo coronavírus, que teve início no ano de 2020, muitas crianças tiveram que ficar isoladas dentro de casa. Com isso, estão sem brincar com os colegas ou ir para a escola. Sendo assim, é preciso falar sobre ansiedade na educação infantil.

Isso porque esse isolamento foi a principal medida tomada para combater o vírus, mas também um fator importante para o aparecimento de transtornos psiquiátricos. Então, é preciso que os pais e gestores saibam como compreender seus filhos, para que problemas maiores sejam evitados.

A pandemia impõe um sofrimento psíquico para todos, o que afeta também as crianças. Por esse motivo, encontrar uma forma de melhorar isso possibilita que outras condições pré-existentes não piorem ou surjam outras doenças. Sendo assim, nesse texto, você confere mais sobre o assunto.

Isso porque, em geral, algumas crianças também estão com medo de voltar às aulas, mas acabam piorando caso fiquem em casa. Elas precisam sair e viver a infância, brincar e aprender com os colegas de aula. Mas, o sistema de educação segue parado, e é preciso educá-los em casa.

Como explicar para as crianças o que estamos enfrentando?

A parte mais complicada em se debater a ansiedade na educação infantil é, justamente, conversar sobre isso com as crianças. Confira algumas dicas para realizar essa conversa, e tentar fazê-la entender.

· Primeiramente, procure fontes confiáveis;

·  Não tenha medo de falar sobre o Coronavírus com a criança. Tenha uma conversa aberta, mas cautelosa, para ajudar a criança a entender e lidar com a situação;

· Deixe a criança confortável para fazer perguntas;

· Escute o que elas sabem e tem a falar sobre esse assunto;

· Escute atentamente, faça perguntas sobre o seu conhecimento atual, e saiba suas fantasias e seus medos. Então, desenhos, histórias ou outras atividades são boas opções para crianças mais novas;

· Responda todas as questões com honestidade, transmitindo tranquilidade, principalmente naquelas em que existe insegurança e medo;

· Utilize uma linguagem apropriada para o nível de desenvolvimento da criança. Assim, use palavras que ela consiga entender, observe suas reações e repare no seu nível de ansiedade;

·  Se você não souber responder alguma pergunta, pesquise junto com a criança a resposta. Dessa forma, utilize essa oportunidade para ensinar sobre fontes confiáveis de informações;

 · Valide os sentimentos, pensamentos e reações da criança. Demonstre que você considera suas opiniões e preocupações importantes e apropriadas;

· Mostre histórias de profissionais de saúde, cientistas e outros, que estão trabalhando para conter a pandemia e manter as pessoas seguras. Isso pode trazer conforto para as crianças;

· Explique que ela pode ter conversas com você a qualquer momento. Com isso, mostre que você estará disponível sempre que ela tiver outras dúvidas ou preocupações.

Com essas dicas, será possível criar um canal de conversa franco e esclarecedor com a criança. Assim, você terá maior facilidade em contornar a ansiedade na educação infantil.

Ansiedade é um sentimento natural do ser humano

A ansiedade é uma experiência normal, principalmente para o momento que estamos vivenciando. Sendo assim, é importante desmistificar a ansiedade para conseguir lidar melhor com ela, principalmente para as crianças.

Então, converse com a criança sobre a ansiedade, o que está ocorrendo com o seu corpo e o motivo de isso estar acontecendo. Muitas crianças e adolescentes não sabem que estão ansiosos, e isso costuma ser bastante assustador.

Dessa forma, eles podem acabar pensando que estão com alguma doença ou que algo mais grave irá acontecer. Sendo assim, falar sobre a ansiedade pode ajudar a saber quando estão ansiosos e conseguir controlar isso.

Outro ponto importante, é saber identificar quando ela vem e vai embora. Isso porque a ansiedade é descrita como uma onda do mar, que vem e vai embora, diminuindo depois de ter chegado no seu pico.

Identificando transtornos mentais na infância

Estima-se que uma entre quatro crianças e adolescentes no mundo apresentam algum transtorno mental. Esse termo se refere a qualquer anomalia, sofrimento ou algo que comprometa a ordem psicológica e mental. Em geral, quase sempre é uma disfunção da atividade cerebral.

Portanto, esse transtorno afeta a maneira de um indivíduo de se comunicar, no comportamento, raciocínio, forma de aprendizado e no humor. Porém, esse transtorno pode se alterar ao longo da vida. E, no período infantil, isso é mais perceptível.

Transtornos que se iniciam na infância são classificados como transtornos do neurodesenvolvimento. Esses podem ser deficiências intelectuais, transtornos da comunicação, transtorno do espectro autista, transtorno de déficit de atenção ou hiperatividade, transtorno específico de aprendizagem, enfim.

A ansiedade na educação infantil

É de grande importância que a família acompanhe de perto a funcionalidade da criança, como hábitos alimentares, interesse por brincadeiras, contato social e sono. Se os familiares perceberem alguma alteração no comportamento da criança, como ansiedade, tristeza, agressividade e desinteresse pelas atividades habituais, pode ser um alerta.

A escola é o segundo lar da criança e onde ela tem mais convívio social. Por isso, é nesse espaço que a criança costuma manifestar sintomas que apontam para alguma alteração psíquica. Sendo assim, é muito comum que os pais que só veem os filhos raramente em casa, enfrentam dificuldades.

Os professores têm uma capacidade de percepção apurada de que algo não vai bem com o aluno. Nesse caso, o momento da pandemia exige que os pais estejam bastante atentos aos seus filhos. É preciso estar mais próximo, conversando e trocando ideias e brincando juntos.

Devo levar meu filho à escola durante a pandemia?

A escola é o segundo espaço onde a criança tem o maior convívio social. Assim, se vivemos em uma situação que exige isolamento social para preservar nossas vidas, nossa função é preservar sua saúde física e mental.

Porém, a escola precisa ser a principal promotora da prevenção em saúde mental, estabelecendo estratégias de conversas para além do conteúdo formal. E o retorno das atividades deve acontecer de forma segura e, acima de tudo, com vigilância quanto à higiene e ao distanciamento físico.

Pense no distanciamento social como oportunidade de aprendizado

Atualmente, com a pandemia do novo Coronavírus, todos do planeta precisam aprender a como viver suas vidas de forma limitada. Isso inclui sair para lazer, estudos, encontros sociais, e mais. Sendo assim, utilize essa vivência como fator para aprender.

Assim, pense e mostre para o seu filho que todo mundo pode aprender em situações complicadas, como é o caso da Covid-19. Porém, não se esqueça de fortalecer que é possível encontrar bons direcionamentos em situações negativas.

Então, ao tratar de ansiedade na educação infantil, conversando com a criança, é possível focar em pontos gerais, que mostram que todos estão sofrendo. Tente desenvolver a empatia da criança, ensinando-a ao mesmo tempo em que cuidado do problema.

Assim, foque em explicar para ela que a pandemia também trouxe coisas boas, é preciso ficar em casa para que tudo volte ao normal. Com isso, o planeta poderá se cuidar da poluição exagerada do dia a dia, ar está mais limpo, menos desmatamento e oceanos menos atacados.

Com tudo isso, a criança vai entender que a população está se unindo para combater o Coronavírus, e ela precisa fazer sua parte. Assim, ela entenderá que precisa ficar em casa, e ajudar na luta por uma boa causa.

Então, a família poderá passar mais tempo junta, podendo contar com momentos de felicidade e calma. Além disso, a criança poderá aprender coisas novas, como xadrez, jogos mais antigos dos pais, cozinha, conhecer filmes novos em família, entre outros.

Tratamento desde cedo para a ansiedade na educação infantil devido a pandemia

Para que tudo saia como planejado, é preciso cuidar da ansiedade na educação infantil devido a pandemia. Então, para isso, será preciso se aproximar da criança o quanto antes, e identificar os eventuais problemas que ela pode estar enfrentando.

Sendo assim, tire um tempo para passar uma boa tarde ou noite com seu filho. Assim, você entenderá melhor o que ela sente sobre o atual momento do planeta, e saberá como prosseguir.

Também é possível procurar auxílio médico, caso você esteja sobrecarregado, e não consiga ajudar a criança. Sendo assim, mesmo pensando na ansiedade na educação infantil devido a pandemia, nunca se esqueça da sua própria saúde.

Fatores de proteção

Não existe nenhuma forma de prevenir transtornos mentais, pois eles não surgem através de um processo multifatorial. Claro que, é possível aumentar o fator de proteção, como melhorar o vínculo entre a criança e a família.

Diante de situações estressantes, como o isolamento social, é importante buscar reduzir o aparecimento de fatores desencadeantes. Dessa forma, é possível não prejudicar a saúde mental da criança.

Além disso, é essencial procurar ajuda profissional ou espaços para que a criança seja ouvida e possibilitar o diálogo entre os pais ou cuidadores. Assim, a família poderá se unir mais, resultando em membros mais saudáveis mentalmente.

Porém, é preciso ter alguns cuidados para aumentar os fatores de proteção a crianças baseado nas recomendações da Child Trends. Os dados também vêm do Centro de Treinamento para Trauma Infantil da Universidade de Massachusetts.

Conheça os fatores de proteção

· Os pais ou responsáveis precisam ter oportunidades para promover o próprio bem estar através do autocuidado, apoio social, repouso adequado e ajuda profissional;

·  Além disso, os responsáveis devem estabelecer limites. Porém, sempre tendo empatia, solidariedade e com atenção dobrada para com a criança;

· Garantir a criança que as medidas necessárias para sua proteção e dos seus parentes sejam providenciadas;

· O distanciamento social não deve significar isolamento social. Então, é preciso promover a conexão da criança com os amigos e parentes através da internet, como vídeos chamadas ou mensagens de texto;

· É preciso explicar para a criança sobre a pandemia em uma linguagem própria para a idade;

· Não exponha de mais a criança ao conteúdo da imprensa, redes sociais e conversas de adultos sobre a pandemia;

· É preciso garantir um ambiente físico e emocional seguro. Assim, o adulto precisa se manter tranquilo para transmitir esse sentimento para a criança. Os responsáveis devem apoiar e incentivar a prática da autorregulação infantil, através, de exercícios de respiração, meditação, ou qualquer atividade que reduza o estresse daquela criança, como músicas, jogos e brincadeiras preferidas;

· Estimule algumas atividades para a criança que façam ela se sentir útil. Entre elas, estão tarefas como preparar um lanche, ou ainda algo que seja compatível a sua fase de desenvolvimento;

·  Sempre enfatize os sentimentos de esperança e positividade;

· Porém, é preciso procurar ajuda profissional em caso de persistência na alteração emocional e comportamental.

Com todas essas dicas, é claro que você poderá se sair muito melhor para controlar a ansiedade na educação infantil devido a pandemia. Assim, seu filho estará em boas mãos, e se sentirá muito mais seguro com a família. Com isso, ele vai começar a se abrir mais, sentir-se mais feliz, e evitar a ansiedade.

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